O terceiro disco de Amy Winehouse, póstumo, deve sair em 2012 e vai tratar do conflituoso término de relação da cantora, encontrada morta em sua casa no dia 23 de julho, com o ex-marido Blake Fielder-Civil. Pelo menos é o que contou uma fonte ligada à família da cantora ao jornal britânico Daily Mail.
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"O período após 'Back to Black' foi o com mais emocional de Amy, com a prisão de Blake em 2008", disse a fonte. O disco, a princípio com 12 músicas, pode ter participações de outros músicos, que finalizariam algumas canções. Parte do dinheiro arrecadado com as vendas irão para a fundação contra as drogas que o pai de Winehouse planeja criar.
Este é mais um capítulo da história sobre o terceiro disco de Amy. Na última semana, um porta-voz da gravadora Universal afirmou ao jornal britânico Guardian que o novo álbum deveria ser lançado "em breve". Ele deixou claro, no entanto, que o material a ser lançado não está terminado.
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"Ela gravou rascunhos de músicas e algumas estão mais avançadas que outras", disse ao Guardian. Segundo ele, nos últimos tempos Amy expressou a vontade de entrar em estúdio, inclusive para "se distrair das outras coisas com as quais ela tinha que lidar."
Desde que lançou "Back To Black", em 2006, Amy entrou em estúdio algumas vezes, tanto com Mark Ronson como com Salaam Remi, produtores de seus dois primeiros álbuns, mas nunca chegou a finalizar os trabalhos. Uma das histórias sobre o álbum conta que sua gravadora recusou o material gravado pela cantora em 2009 no caribe por ser "reggae demais".
Após a morte da cantora, obviamente, as especulações sobre um novo disco cresceram. O potencial de vendas de um – ou mais – lançamento póstumo é enorme, e todos na Universal parecem saber disso. De acordo com uma fonte próxima ao staff da cantora, há bem mais do que 12 canções compostas, apesar de estarem em estágios iniciais. "Elas precisam passar por um bom produtor para virarem canções", ponderou ao Guardian. Além disso, todo material inédito a ser lançado deverá ter autorização da família da cantora.
A novela do terceiro disco de Amy se arrasta desde 2008, quando Lucian Grainge, CEO da Universal, revelou que havia escutado algumas versões demos da cantora. Em julho do ano passado, Amy garantiu em uma entrevista ao jornal britânico Metro que o disco sairia em seis meses.
Mark Ronson, seu produtor, no entanto, revelou à época que a cantora não possuía material suficiente para um álbum. "Quando ela tiver dez músicas podemos entrar em estúdio", disse. Em abril, a afilhada da cantora, Dionne Bromfield, revelou em entrevista ao site Digital Spy que havia ouvido o novo disco de Amy e que ele era "muito bom".
PARADA DE SUCESSOS
Como era esperado, Amy Winehouse apareceu, neste domingo (31), no topo da parada de álbuns mais vendidos no Reino Unido na última semana, com "Back to Black" (2006). "Frank" (2003), sua estreia como cantora, apareceu na quinta posição, enquanto uma edição especial que contém os dois discos ficou com o décimo lugar.
A morte da cantora também gerou mudanças nas paradas de singles, com cinco de suas músicas entrando para as 40 melhores, inclusive "Back to Black", em oitavo lugar.
Amy Winehouse, 27 anos, foi encontrada morta no sábado (23) em sua casa no bairro de Camdem Town, no norte de Londres. A autópsia feita em seu corpo não revelou a causa da morte, e a polícia espera novos exames toxicológicos para entre duas e quatro semanas.
Na terça-feira (26), familiares e amigos se despediram de Amy em um funeral no norte de Londres. Na quarta-feira (27) Mark Ronson homenageou a cantora em um show em Londres. "Ela fez músicas brilhantes, mais do que farei em toda minha vida", disse. Na quinta-feira (28), familiares e amigos celebraram a vida de Amy em seu bar de jazz favorito.
Os fãs continuam prestando homenagens em frente à casa da cantora, inclusive cantando algumas de suas músicas de sucesso. O caminho das estações de metrô Camden Town e do overground Camden Road até a casa de Amy já está sinalizado, com plaquinhas indicando as direções. Milhares de fãs passam horas em frente ao local, que acumula flores, bilhetes e "oferendas" como garrafas de bebida e cigarros.